“Eu sou artista e operário, sou estudante esportista eu sou de luta sou Brasil sou União da Juventude Socialista”.
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Serra e Índio: qual o apito?
Gilson Caroni *
E finalmente descortinou-se – sob os estarrecidos olhares dos eternos ingênuos – a verdade que todos, há muito tempo, já conheciam. A fluidez do processo político brasileiro, suas clivagens e crises que podem decorrer da percepção de resultados eleitorais adversos, levaram o candidato José Serra a revelar sua verdadeira natureza de classe. Reativando um surrado discurso udenista, o ex-presidente da UNE passou a endossar o protofascismo de sua base de sustentação. Mais que assegurar a adesão de eleitores da direita, pôs por terra uma tese que ganhava espaço na grande mídia e em conhecidos círculos acadêmicos.
A caracterização simplória do cenário político definia as próximas eleições mais como uma disputa por espaço eleitoral do que como polarização ideológica de projeto de país. Ressurgia, com endosso de algumas lideranças esquerdistas, a visão dos dois partidos hegemônicos (PT e PSDB) como agrupamentos politicamente inautênticos, sem verdadeiras raízes na estrutura social e sem diferenciação ideológicas nítida. A distinção se daria apenas na maior ou menor capacidade de conseguir recursos, ganhos incrementais que ignoram modificações substantivas nos programas públicos. Nada mais falacioso. Nada mais revelador da fragilidade analítica dos que vêem no governo Lula uma continuidade pura e simples da gestão FHC. As sobejas dificuldades do candidato da direita, sua necessidade de marcar posição, desmentiram os estudos de encomenda.
Ao afirmar que “o PT é chavista, que mantém relação com as Farc, e prima por desrespeitar direitos humanos”, Serra incorporou a visão de mundo da nova direita. Um estrato que, ameaçado pela abrangente emergência social promovida nos últimos oito anos, destila raiva e ressentimento; típicos da intolerância retórica que o distingue. Impossibilitada de construir sua identidade pela inserção no processo produtivo, essa parcela da classe média forja a auto-imagem por diferenciação das classes fundamentais. Sabe que não é o que mira, mas não sobrevive sem o sentimento subjetivo de pertencer a uma elite idealizada. É nesse aspecto da nossa estrutura social que Índio e Serra passam a querer o mesmo apito. E a falar o mesmo dialeto.
As diatribes recentes do candidato tucano têm uma imensa serventia para os setores progressistas. Ao criticar as relações do governo petista com países sul-americanos e com a China, assegurando que “estamos fazendo filantropia com Paraguai e Uruguai e concessões excessivas ao país asiático”, Serra sinaliza que, no caso de uma eventual vitória em outubro, retomaria a política externa de subalternidade aos interesses estadunidenses. A volta da "diplomacia de pé de meia” não é uma questão menor nem uma mudança de rota desprezível.
A própria capacidade de o país de decidir soberanamente sobre seus destinos estará novamente em jogo. A orientação tendente a beneficiar o diálogo com os países vizinhos, superando assimetrias e promovendo uma autêntica integração, para ter continuidade e ser aprofundada, não pode conviver com a submissão vergonhosa ao imperialismo. O que está em jogo, neste momento, é a verdadeira segurança nacional.
Os inimigos dos reais interesses do país, ao contrário do que pretende a oposição e seu braço midiático, não são os governos de Evo Morales e de Hugo Chávez, a quem Serra, repetindo Uribe, acusa de "abrigar as Farc". O que ameaça a nação brasileira é a humilhante prostração aos ditames de Washington. Em um país com instituições minimamente democráticas, Serra e seu vice têm como lugar certo a lata de lixo da história.
Quanto mais nos aproximamos de outubro, aumenta a urgência de ampla mobilização dos trabalhadores e demais setores populares em defesa das suas conquistas sociais e econômicas, alcançadas nos dois mandatos do presidente Lula. É bom lembrar que não se deve esperar da nova direita, que sustenta Serra, uma análise serena de um governo popular. Para ela é imperdoável que tenha havido um período tão rico em cidadania, tão pródigo em participação nos debates sobre problemas nacionais.
Jonathan Swift escreveu, certa vez, que se pode identificar um gênio pelo número de imbecis que lhe atravancam o caminho. Se o criador de Gulliver tiver razão, Lula e sua candidata, a ex-ministra Dilma Roussef, têm excelentes títulos para exigir que lhes reconheçam a genialidade. Com inveja, com rancor, com incompreensão, mobiliza-se contra eles o que há de pior na sociedade brasileira. E ainda há quem não veja diferença entre os atores.
* É professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, colunista da Carta Maior e colaborador do Jornal do Brasil
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
TEATRO: IDENTIDADE SOCIAL - Projeto UJS Meruoca
"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos".
Charles Chaplin
A partir de agosto mais um projeto: TEATRO - IDENTIDADE SOCIAL acontecerá em Meruoca. Domingo os monitores do projeto concluiram o plano de ação, que contará com recreação, interpretação, exercício de voz e outros.
Então os jovens artístas de Meruoca poderam todos os sábados exercitar e aprofundar seus conhecimentos sobre as artes cenicas.
Os monitores são: Leo (Diretor de Cultura UJS- Meruoca)e Tê (Militante da UJS).
Estão todos convidados!
15º Congresso Nacional da UJS - Salvador/BA
UJS Meruoca esteve presente no 15º Congresso nacional, no qual foi debatido a conjuntura nacional de políticas publica para juventude, temas como: EDUCAÇÃO-ENEM, DESCRIMINALIZAÇÂO DAS DROGAS, HIP-HOP, MOVIMENTO ESTUDANTIL, MOVIMENTO DE MULHERES, JOVENS CIENTISTAS, ESPORTE E MOVIMENTO GLBTTT formavam o vasto leque de assuntos em debates abertos e com profissionais que atuam na área.
A participação de Meruoca consolidou e fortaleceu a instituição municipal que voltou com muito gás para as lutas que enfrentamos no município. Foram cinco dias de muito debate, entretanto é importante ressaltar que o congresso nacional foi só uma etapa dos debates, pois houve o VI Congresso municipal e o Congresso Estadaul ( Fortaleza). No municipal contamos com a presença de 100 jovens que participaram ativamente do evento. Tivemos pastras com: Miguel Silva (Prof. da Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA e Presidente do PC do B de Sobral) e presenças importantes como: a Presidente da camâra Valdelídia( PC do B), Presidete da JPT Paulo Reinaldo, o Estudante de Ciências Sociais Patrik, a Coodenadora da UAB- Meruoca Joselena e o Presidente do PC do B Meruoca Daltony que abrilhantaram nosso evento. Obrigada a Todos!
As três etapas de congressos deixaram saudades... mas revigoraram a força dos jovens socialista de Meruoca.
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